Alguns especialistas consideram a automação industrial a “Terceira Revolução Industrial”, que foi a combinação de processos mecânicos e de tecnologia da informação aplicados a indústria que transformou os modelos de produção industrial implantados por Ford e outros pioneiros no século XX.
Para entendermos como chegamos a ter linhas inteiras de produção dominadas por robôs e maquinas devemos entender o processo de evolução da Indústria na América do Sul e mais especificamente no Brasil:
Com o declínio da produção do Café no Brasil, deu-se inicio a industrialização do país ainda na década de 30 após a crise de 1929; mas a industrialização efetiva aconteceria na segunda metade do século XX com o término da Segunda Grande.
Guerra que afetou toda a indústria norte americana e Europa não ocupada, que em grande parte se concentrou na produção de ferro, aço, equipamentos e suprimentos para as forças aliadas.
A Industrialização no Brasil não ocorreu de forma nacional, o Brasil com suas dimensões continentais e falta de estrutura de transportes e produção de matéria prima, acabou se concentrando o crescimento de sua indústria na Região Sudeste, perto dos portos e aeroportos mais importantes do país e de onde poderiam ser escoadas a produção para o mercado nacional e exterior.
A industria no Brasil começou de forma incipiente produzindo apenas produtos que empregavam pouca tecnologia como a indústria têxtil, alimentícia, fabricas de sabão e velas.
A indústria do país viria a se intensificar a medida que a população dos grandes centros aumentou e o surgimento da produção de bens de consumo para atender a crescente demanda.
O fator para o aumento das populações nos grandes centros foi o movimento migratório do homem do campo para a cidade forçados principalmente pela queda na produção do Café; somaram-se a eles imigrantes da Europa pós guerra que vieram em busca de novas oportunidades.
Com os imigrantes vieram também novas praticas e técnicas de produção que se somaram a força de crescimento do país, alemães, italianos e espanhóis trouxeram na mala a expertise necessária para o fortalecimento dos processos produtivos.
Na segunda metade do século XX é que ocorreram a instalação de industrias multinacionais que atuavam principalmente no segmento automobilístico, químico, eletroeletrônica e farmacêutica.
A partir de então o Brasil entrou definitivamente no processo de industrialização deixando de lado a tendência de país produtor primário para o modelo de estado industrial e com grandes centros urbanos.
Regime Militar e a Nova República
O Brasil ainda viria a passar duros anos de crise com o regime militar de 31 de março de 1964 com o Golpe Militar que derrubou João Goulart até 15 de janeiro de 1985 quando o Brasil elegeria o mineiro Tancredo Neves.
Logo após a sua morte José Sarney, então vice-Presidente assumiria o país na faze de transição até o início da década de 90 com a eleição de Fernando Collor de Mello.
Recém eleito o nosso novo Presidente da República escolhido por voto popular fez uma declaração que ficou para a história da indústria automobilística no Brasil: “O Brasil não tem carros, tem carroças.”
Com uma política cambial agressiva e com inflação voltando mais forte do que na gestão de seu antecessor José Sarney, Collor viu na abertura do mercado nacional para a importação de produtos e maquinas a saída da crise. “Vamos combater a crise com trabalho.”
Ele não viu os frutos de suas ações progressistas da cadeira no Palácio do Planalto, mas começou aí a entrada de máquinas industriais e de processos produtivos capazes de impulsionar a industria do Brasil para a automação e aumento da sua capacidade de produzir mais com custos menores.
A partir de então, a indústria nacional impulsionada pelas transformações geradas pela chamada 3ª Revolução Industrial com a entrada das inovações da tecnologia da informação a indústrias no Brasil buscam a inovação e investem em novas tecnologias como a robótica e a produção nacional se expande.
Transformações geradas pela revolução tecnocientífica informacional, levaram a decentralização da industria e a criação de Tecnopolos fora das capitais. Grandes empresas de tecnologia se instalam nestes locais associadas a centros de pesquisa e desenvolvimento em cidades como Campinas e São Carlos.
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